Após quatro anos, IMEGI deixa Saúde de Juazeiro sob risco de paralisação
Unidade de Pronto Atendimento em Juazeiro do Norte (Foto: Guto Vital) |
Comissões de transição trabalham desde dezembro do ano passado para entregar UPA e São Lucas à nova empresa, do Rio de Janeiro. Após cerca de quatro anos de atuação, Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI) deixa, nesta quinta (9) a administração da UPA e do Hospital São Lucas, em Juazeiro do Norte. A princípio, comissões de transição trabalham desde dezembro do ano passado para entregar dois dos principais equipamentos da Saúde para a nova empresa, do Rio de Janeiro.
Aceni em Juazeiro
A partir desta sexta (10), a Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (ACENI), toma a frente dos serviços. Ainda assim, mesmo com o contrato perto de acabar, fontes próximas na Secretaria de Saúde afirmam que muitos funcionários da IMEGI foram pegos de surpresa com a mudança, alguns tinham entrado de férias. Entretanto, ainda não há informações sobre possíveis demissões por parte da nova gestora.
Ademais, Juazeiro do Norte será a primeira cidade no Ceará onde haverá atuação da Aceni.
Até então, a associação opera no Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Ainda em dezembro, a prefeitura de Juazeiro do Norte abriu um chamamento para contratação emergencial para gerir a UPA e o São Lucas. Além da IMEGI, estavam habilitadas outras três instituições.
Aceni (Foto: Reprodução) |
Valores
Ministério da Saúde, Governo do Estado do Ceará e prefeitura de Juazeiro do Norte se dividem mensalmente para custear as duas unidades hospitalares. No ano passado, a UPA recebia uma quantia de R$ 500 mil da União; R$ 250 mil do estado e contrapartida de R$ 300 mil do município. Já no São Lucas, os repasses eram de R$ 700 mil da União; R$ 175 mil do estado e R$ 500 mil do município.
Paralisação
Na manhã desta quinta, a prefeitura se reúne com o Sindicato dos Médicos para tratar sobre uma possível paralisação. Plantonistas da UPA reivindicam pagamentos atrasados e ameaçam paralisar os atendimentos. Portanto, a secretaria tentou negociação direto com a classe, mas o sindicato foi indicado para negociar. *Por Felipe Azevedo/Agência Miséria