Atendimento na UPA de Juazeiro do Norte é normalizado
A interrupção no serviço causou tumulto, na tarde de hoje, e a Polícia Militar foi chamada para controlar a situação |
Desde a última quinta-feira, os profissionais estavam realizando o atendimento apenas de pacientes com classificação vermelha e amarela, por conta do atraso de pagamentos. A paralisação parcial dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Limoeiro foi encerrada neste sábado (11), segundo a Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte. Desde a última quinta-feira, os profissionais estavam realizando o atendimento apenas de pacientes com classificação vermelha e amarela, por conta do atraso de pagamento nos meses de novembro e dezembro.
O equipamento passou por uma transição de gestão, onde a Associação das Crianças Excepcionais Nova Iguaçu (ACEMI) assumiu o controle. A ACEMI também está a frente do Hospital Maternidade São Lucas. A própria organização social realizou uma reunião onde foram esclarecidas e negociadas as reivindicações apresentadas pela categoria.
Outra reunião foi realizada na UPA com os profissionais, a nova empresa e a Secretaria da Saúde ainda no último sábado para que se ajuste a continuidade dos trabalhos, garantindo a prestação dos serviços à população.
A Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte informou que o repasse ao Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI) — antiga gestora da UPA —, referente ao mês de novembro já foi feito. O valor pago foi de R$ 200 mil na quinta-feira e outros R$ 46 mil, no dia seguinte. Enquanto o mês de dezembro, aguarda a análise da produção.
A situação no município se agrava porque 18, das 49 Unidades Básicas de Saúde (UBS), estão sem médicos. A ausência destes profissionais se dá desde o último mês de março, após adoção do ponto eletrônico, e tem sido contornada nos últimos meses com novas contratações. O secretário de Saúde de Juazeiro do Norte, Lucimilton Macedo, adiantou que haverá um reajuste no salário para atrair novos médicos.
A Pasta informou que tem adotado medidas para suprir esta carência. Sete unidades passaram a fazer atendimento noturno aos moradores de qualquer bairro da cidade. Além disso, incluiu mais dois médicos de plantão para receber esta demanda no Hospital Estephânia Rocha Lima. *Por Antonio Rodrigues/Diário do Nordeste