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Caririaçu instala nova adutora emergencial para impedir colapso hídrico

Caririaçu instala nova adutora emergencial para impedir colapso hídrico

Algumas localidades do município ficam até oito dias sem água. Foto: Antonio Rodrigues
A montagem da nova adutora emergencial garante água na zona urbana do município. O recurso hídrico é captado no açude Manoel Balbino, que está com apenas 3,8% de sua capacidade.
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Caririaçu (Samae) concluiu a montagem de toda extensão da adutora emergencial de engate rápido, responsável pelo abastecimento de água do município. O recurso hídrico, captado no açude Manoel Balbino, o popular “Açude dos Carneiros”, percorre 12 quilômetros de extensão. A medida beneficiará cerca de 14 mil pessoas da zona urbana. 

A estrutura vai desde o reservatório, hoje com apenas 3,8% da capacidade, até a estação de tratamento, na sede do município. De lá, será distribuída peloa cidade. O São Domingos II, que também era responsável pelo abastecimento de Caririaçu, está praticamente seco.  

O serviço durou 130 dias e contou com apoio da Prefeitura e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que cedeu a tubulação de Miraíma, no noroeste cearense. Dos 12 quilômetros de adutora, sete são ferro fundido, mais resistente, e o restante da tubulação é nova. “Foi feito embaixo do chão”, explica o diretor administrativo da Samae, Cícero Soares Santana.  

“Se não fosse a reforma, Caririaçu estava sem água”, enfatiza Cícero. Com a pouca recarga no ano passado no São Domingos II, que possui capacidade para 2,2 milhões de metros cúbicos, o Manoel Balbino — bem maior que primeiro, com capacidade para 37,18 milhões metros cúbicos — voltou a realizar o abastecimento, mesmo com o volume baixo. “É torcer para chover”, completa o diretor da Samae.  

Paralisação 

Orçada em aproximadamente R$ 13,2 milhões, a construção da rede de abastecimento, que solucionaria os problemas de Caririaçu, está paralisada. A obra ultrapassou a metade de avanço físico e deveria ser concluída em 2015. Até agora, com mais de R$ 8 milhões, foi feita uma caixa de armazenamento, uma estação de tratamento e 60% da tubulação. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) congelou o recurso para sua conclusão. A obra será avaliada para, caso seja aprovada, liberar a verba restante.  

A cidade convive com racionamento desde 2013, mas todos os bairros são atendidos. Algumas localidades ficam até oito dias sem água. Com a adutora permanente funcionando, haveria um controle de vazão no Manoel Balbino, que impediria o reservatório de secar.  Por Antonio Rodrigues/Diário do Nordeste

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