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Açudes de pequenos e médios portes transbordam no sertão cearense

Açudes de pequenos e médios portes transbordam no sertão cearense

Chuva em Várzea Alegre mantém expectativa de elevada safra de grãos e faz açude sangrar nas Guaribas. Barragem dos Caldeirões, em Saboeiro, está transbordando. Foto: Honório Barbosa
Diante das boas chuvas que banham o Sertão cearense desde março passado, diversos açudes de médio e pequeno portes estão sangrando no interior do Estado.

Na zona rural de Várzea Alegre, a barragem que fica no Sítio Cachoeiras Dantas, que barra o Riacho do Machado, transbordou. O produtor rural João Frutuoso, morador da localidade vizinha de Riacho Verde, disse que o clima é de alegria entre os agricultores e lembrou que a água segue para a bacia do açude Deputado Otacílio Correia (Olho D’Água), principal reservatório que abastece Várzea Alegre e que está com 45,7% de sua capacidade.

O secretário de Meio Ambiente de Várzea Alegre, J. Marcílio, destacou as boas chuvas que têm provocado recarga nos reservatórios e lembrou da expectativa de excelente safra de milho, feijão, arroz e sorgo granífero e forrageiro. “Vai ser uma das melhores dos últimos oito anos”, prevê. “Se não fosse essa pandemia, o clima no sertão era só de alegria”.

Alto Jaguaribe

A bacia do Alto Jaguaribe hoje acumula 28,2%. “Houve significativas recargas. Começamos o ano com apenas 6,2%”, observou o gerente do escritório da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), em Iguatu, Anatarino Torres.  “A expectativa é de aumentar o volume ainda mais”.

Três açudes estão sangrando na bacia do Alto Jaguaribe – Trici (Tauá), Valério (Altaneira), Caldeirões (Saboeiro). Outros apresentam volume elevado – Arneiroz II (Tauá), 89,9%; Pau Preto (Potengi), 99,9%.

O produtor rural Carlos Palácio, comentou que açudes de médio e pequeno portes nos municípios de Ipaumirim, Baixio, Cedro, parte de Icó, Lavras da Mangabeira estão todos sangrando. “Não se imaginava que o inverno seria tão bom assim. Vai ser um dos melhores para reserva de água e produção de grãos”, pontuou. “Quem passa na Br 116 vê na margem da rodovias os açudes todos cheios”.

Na localidade de São José, zona rural de Saboeiro, o açude da comunidade transbordou nesta semana depois de 16 anos seco. Por Honório Barbosa/Diário Centro Sul

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