Garota de Caririaçu que foi dopada e espancada pelo marido pede proteção judicial
 |
| Ela prestou depoimento sobre as agressões pelo seu ex-companheiro “Keko Borges”. Pedido de proteção judicial feito por Sabrina Barbosa deverá ser protocolado no Fórum de Caririaçu (Reprodução/Google Street View) |
A comerciante do ramo de semi jóias Sabrina Barbosa de Almeida, de 27 anos, esteve com a Delegada Municipal de Caririaçu, Vanini Galiza, nesta quinta-feira acompanhada de sua advogada. Ela prestou depoimento sobre as agressões pelo seu ex-companheiro “Keko Borges” e pediu medida protetiva judicial. A vítima que foi dopada por ele antes das sessões de espancamentos reafirmou perante a autoridade policial estar assustada diante das ameaças que vem recebendo.
O crime aconteceu no último dia 21 de fevereiro num dos quartos de um chalé no município de Tibau (RN) para onde foi levada após o acusado encontrar a mesma num supermercado da cidade. Segundo disse a delegada, ele insistia em reatar o relacionamento pedindo para sustar a ação de divórcio. Nisso, a obrigou entrar no seu carro prometendo que queria apenas conversar. No chalé, agrediu Sabrina com um soco e puxou a mesma pelos cabelos.
Daí em diante não viu mais nada quando terminou dopada. No seu depoimento, Sabrina argumentou ter publicado as imagens no perfil “Keko Jóias” do Instagram, na noite desta quarta-feira, com a intensificação das ameaças recebidas por parte de parentes próximos dele. A intenção, conforme justificou, foi tentar inibir. É que Sabrina já tinha divulgado um texto nas redes sociais até reclamando contra a Lei Maria da Penha que “nada fez até agora”.
Nesse mesmo texto, apresenta um triste relato da situação vivida com “Keko” afirmando ter aberto mão de sua própria vida para ajudá-lo a deixar as drogas. “Fui cega durante anos vivendo um relacionamento abusivo. Fiz tudo o que eu podia pra ajudá-lo. Tínhamos rota de semi jóias juntos e tudo era no meu nome, mas ele gastou tudo em droga. Me deixou endividada”, confessou.
No seu texto-desabafo Sabrina disse ter reformado a casa e pagava o carro enquanto ele vivia deitado ou na farra praticamente se limitando a dirigir o carro nas viagens. Acrescentou que ingressava pelas madrugadas, montando panos de jóias e tudo em nome de um futuro digno longe das substâncias entorpecentes. “Nesse relacionamento abusivo de anos quase cheguei à morte se não fossem os funcionários do chalé”.
No Rio Grande do Norte, Keko Borges já chegou a ser preso por dirigir embriagado, sob o efeito de drogas e desacatar as autoridades. No momento, ele está internado no Centro Terapêutico José Gabriel naquele estado. Sabrina concluiu o seu texto dirigindo um conselho para as mulheres que passam por qualquer tipo de abuso como ocorreu com ela: “Procurem ajuda e saiam dessa. A pessoa que eu mais amava foi a que mais me machucou”.
Reportagem de Demontier Tenório/Agência Miséria
