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Aurora tem sua primeira instituição certificada como 'Ponto de Cultura'

Aurora tem sua primeira instituição certificada como 'Ponto de Cultura'

Fundada há 10 anos no Sítio Tipi, na zona rural, a Fundação José Alves Magalhães realiza oficinas e cursos com crianças e jovens, além de organizar o primeiro festival cultural do Município.
A Secretaria de Cultura do Estado certificou, nesta semana, como Ponto de Cultura a Fundação José Alves Magalhães — a primeira do município de Aurora. Agora, a Instituição integra a Rede Cearense Cultura Viva, que além do reconhecimento, pode ajudá-la a conquistar recursos para desenvolver suas ações. Fundada há 10 anos no Sítio Tipi, a entidade realiza cursos e oficinas de instrumentos musicais, leitura, teatro e cordel, além de apresentações artísticas. 

A Certificação foi realizada por meio do Chamamento Público, por uma Comissão Avaliadora, composta de forma paritária por membros da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e indicados pela Comissão Estadual Cearense Cultura Viva, a qual selecionou 131 iniciativas.

A Política Estadual Cultura Viva tem como beneficiária a sociedade e, prioritariamente, os povos, grupos, comunidades e populações em situação de vulnerabilidade social e com reduzido acesso aos meios de formação, produção, registro, serviços, fruição e difusão cultural, que requeiram maior reconhecimento e proteção de seus direitos sociais, culturais, políticos e econômicos ou no caso em que estiver caracterizada ameaça à sua integridade física e política, bem como à sua identidade cultural.

Criada na zona rural, o trabalho da Fundação José Alves Magalhães se estende por todo o Município. Já foram realizados cursos de flauta doce, como também apresentações de maracatu e reisado, em parceria com grupos de toda a região do Cariri. “Nos últimos anos ganhamos o apoio de vários ativistas da cultura no município de Aurora”, conta o cineasta e diretor geral da instituição, Lamarck Dias. 

Para Lamarck, além de importante, esta certificação do Estado é um reconhecimento de toda uma luta em defesa da cultura de Aurora e dos artistas locais.

“Nunca foi fácil fazer cultura, pois, é algo que não interessa tanto aos gestores. Então, nós podemos dizer que em meio ao momento que vivemos o artista tem que ser muito resiliente e resistente para construir sua caminhada”, enfatiza.

Atualmente, há cerca de oito pessoas na diretoria e ativistas da cultura, à frente dos trabalhos da entidade. Este ano, no último dia 4 de janeiro, a Fundação realizou o Festival Cultural Sol D’Aurora, que aconteceu na sede do Município, em praça pública, com apresentação de grupos de tradição, cordel e shows musicais.

A instituição também está prestes a abrir uma emissora de rádio para divulgar suas ações. A ideia é que 80% de sua programação voltada para a cultura. A Tipi FM está em fase experimental e entrará na web nos próximos dias, visando a entrada na frequência modulada (FM).  /

Escrito por Antonio Rodrigues/Diário do Nordeste

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