Filha de deputada cearense recebeu auxílio emergencial do Governo Federal
Em nota, a deputada Augusta Brito esclareceu que a atitude da filha foi
repreendida e o dinheiro, devolvido integralmente
A deputada estadual Augusta Brito (PCdoB) divulgou nota nesta segunda-feira
(15) para pedir desculpas em nome da filha, a estudante de 21 anos Eduarda
Brito de Paula Rodrigues que recebeu indevidamente recursos do Auxílio
Emergencial do Governo Federal, pago a pessoas em situação de
vulnerabilidade social no contexto da pandemia da Covid-19.
Segundo a parlamentar, que disse ter sabido da situação pela repercussão
nas mídias, o valor foi devolvido integralmente, e a atitude da filha,
repreendida.
Na nota, Augusta Brito pediu desculpas em nome da filha a qual disse estar
"profundamente arrependida". "A inclusão do seu nome na lista dos
beneficiários do programa de auxílio emergencial do Governo Federal foi um
ato irresponsável", afirma a parlamentar.
A informação teria chegado até Augusta Brito no domingo (14), a partir da
repercussão nas mídias, principalmente no interior do Estado. "Logo que
soube do fato conversei com ela, que reconheceu e assumiu prontamente o
erro. Para mim foi uma triste surpresa, mas também um fato que gerou muitos
aprendizados, dos dois lados", ressaltou.
A deputada disse ainda que "como mãe estarei ainda mais atenta e vigilante na orientação dos seus atos".
Casos no Ceará
O auxílio emergencial, conforme definido pelo Governo Federal, é um
benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais,
microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e que tem
por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à
crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
O benefício foi fixado pela Câmara dos Deputados no valor de R$ 600 a ser
pago por três meses, para até duas pessoas da mesma família.
Na quinta-feira (11), a Controladoria Geral da União no Ceará (CGU)
divulgou ter identificado 24.232 servidores públicos estaduais e municipais
no Estado suspeitos de terem recebido, irregularmente, o auxílio
emergencial.
Os casos abrangem 180 dos 184 municípios, que têm sido notificados para
averiguar a lista de beneficiários.
Nem todos os casos devem ser confirmados como irregulares, já que há
servidores que recebem baixos salários e se encaixam nas condições do
benefício.A Controladoria também considera a possibilidade de fraudes com
documentação de servidores.
Escrito por Jéssica Welma/Diário do Nordeste