Município de Jardim, no Sul do Ceará, implanta lockdown
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Medidas mais rígidas de isolamento social e redução de horário de
atividades essenciais tentam barrar aumento no número de casos de
Covid-19
Subiu para sete o número de cidades no Ceará que passaram a conviver com
medidas mais rígidas de isolamento social. A gestão municipal de Jardim, no
Cariri cearense, determinou por meio de decreto, que entrou em vigor nesta
terça-feira (9), a implantação de lockdown. A determinação prossegue até o
próximo dia 23 de junho.
Em Jardim, a implantação do lockdown ocorreu por decisão da administração
municipal, mas nas outras sete cidades foi por determinação do Governo do
Estado, que entrou em vigor no último dia 1º, para Caucaia e Maracanaú, na
região Metropolitana de Fortaleza, e para Camocim, Itarema, Acaraú e Sobral,
na região Norte.
A secretária da Saúde de Jardim, Camila Cruz, justificou a adoção de
medidas mais rígidas. “Infelizmente, as pessoas não respeitam o isolamento
social”, pontuou. “A nossa preocupação é que o número de casos vem
aumentando e queremos evitar um colapso no sistema de saúde”.
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Jardim,
até esta terça-feira (9) havia 59 notificações, sendo 41 descartados, oito
confirmados e dez suspeitos que aguardam resultado de exames, além de um
óbito por Covid-19.
“Ainda temos um número reduzido de casos, mas queremos justamente evitar um aumento porque a nossa referência de atendimento de UTI é Barbalha e Juazeiro do Norte, que têm alta taxa de ocupação de leitos”, ponderou Camila Cruz.
De acordo com o decreto, em Jardim, serviços essenciais como supermercados
e farmácias passaram a ter horário reduzido de atendimento, de segunda-feira
a sábado, das 8h às 17 horas.
A medida prevê controle na saída e chegada de pessoas à cidade com
instalação de barreiras sanitárias e maior rigor para o isolamento
social.
Nos dois primeiros dias, após a implantação do lockdown ainda não houve
mudança significativa no comportamento dos moradores, que insistem em
permanecer nas ruas. “As pessoas parecem que não acreditam na gravidade do
problema e foi preciso adotar medidas mais duras”, disse Camila Cruz. “Está
difícil, não notamos muita diminuição, mas estamos tentando e vamos ampliar
a fiscalização”.
Escrito por Honório Barbosa/Diário do Nordeste