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UFCA define retorno das aulas por meio de ensino remoto

UFCA define retorno das aulas por meio de ensino remoto

Legenda: UFCA está sem aulas há quase quatro meses - Foto: Antonio Rodrigues
Na graduação Medicina e nos cursos de pós-graduação, a volta às aulas acontece no dia 24 de agosto, enquanto dos demais cursos está previsto para 21 de setembro

Após mais de 10 horas de reunião, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Cariri (Consuni/UFCA) aprovou, na madrugada desta sexta-feira (10), a retomada das aulas por meio de ensino remoto, implantada pelo chamado Período Letivo Especial (PLE). A expectativa é que o ensino em todos os cursos seja retomado na graduação a partir do dia 21 de setembro, enquanto na Medicina deve acontecer em 24 de agosto.  

Todos cursos, com exceção de Medicina, que possui uma carga horária maior, e a pós-graduação, que têm prazos a cumprir, terão 12 semanas consecutivas de ensino remoto. As demais terão 16 semanas.   

A proposta de retorno das aulas estava condicionada a inclusão digital dos alunos, que por meio de um edital próprio da UFCA vai suprir a falta de computadores e acesso à internet. O recurso será destinado com custeio dos Refeitórios Universitários, que atualmente estão paralisados. A verba será destinada para a compra ou manutenção e atualização de equipamentos já adquiridos pelos estudantes.  

O edital de Inclusão Digital já acontece desde 2018, mas por conta da pandemia será ampliado com expectativa de beneficiar 2.500 estudantes da graduação, que representa 60% dos discentes da UFCA que estão matriculados. A expectativa é de que a publicação aconteça ainda hoje.  

De acordo com o reitor da UFCA, o professor Ricardo Ness, a principal questão que impediu o retorno das aulas era a conectividade. Contudo, a partir de um programa do Ministério da Educação, ao invés de um voucher de até R$ 60, inicialmente previsto para custear a mensalidade da internet, serão oferecidos chips para aluno. Já o investimento nos aparelhos, será de até R$ 1.300. “O valor seria mais alto, mas os estudantes optaram por baixar para beneficiar o maior número possível de alunos”, conta. Os beneficiados serão aqueles possuem na família uma renda per capita de até meio salário mínimo.  

Preparação 
Os professores serão capacitados nas plataformas com um treinamento técnico. “A parte pedagógica vai ser adaptação. Só com o tempo”, acredita o reitor. A decisão de assistir às aulas e também de ministrá-las é facultativa para aluno e professor. “Isso já acontece em outras regiões. Não terá prejuízo, porque será um semestre alternativo”, completa Ness.  

As disciplinas que serão ofertadas ficarão a cargo dos colegiados de cada curso, mas Ricardo Ness antecipou que não haverá aulas práticas. “Na minha área, química de solo, por exemplo, posso fazer demonstrações em laboratório, sem ter a aula presencial, utilizando recursos como câmera”, explica. Já na Medicina, por ter o internato, em agosto deverão recomeçar.  

Escrito por Antonio Rodrigues/Diário do Nordeste

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