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ICMBio apreende oito pássaros transportados ilegalmente da Flona Araripe, em Crato

ICMBio apreende oito pássaros transportados ilegalmente da Flona Araripe, em Crato

Legenda: As aves vão ser avaliadas e, posteriormente, reinseridas à natureza - Foto: Divulgação

Esta é a 21ª apreensão em 2020, mais que o dobro em relação ao ano passado

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apreendeu, na noite desta terça-feira (29), oito pássaros das espécies sofreu, joão-de-barro e sabiá, que foram capturados na Floresta Nacional do Araripe (Flona Araripe), no território de Crato. As aves estavam na posse de um homem, que foi autuado e deverá ser multado em aproximadamente R$ 8 mil e ainda responder criminalmente. 

Chefe do Núcleo de Gestão Integrada ICMBIo no Araripe, Carlos Augusto Pinheiro, conta que este homem foi abordado pela própria equipe do Instituto, que realizava uma operação de combate à caça dentro da Flona, enquanto trafegava em uma moto.

 “A gente abordou na estrada. Como já estava tarde, apreendeu os animais e pegou a documentação. Ele não ofereceu nenhuma resistência”, conta.  

Os animais foram levados ao ICMBio, onde estão sendo avaliados. “Aqueles que, por ventura, estiverem aptos serão soltos na natureza”, garante o representante do Instituto.  

Criar ou transportar animais silvestres sem autorização é crime ambiental, passível de multa e detenção de seis meses a um ano, e multa. Com a sanção da Lei 1.095/2019, pelo presidente Jair Bolsonaro, se caracterizar maus tratos, além da multa, a pena, que era de três meses a um ano de reclusão, foi ampliada para dois a cinco anos de prisão a proibição de guarda. 

Outras ocorrências 

A prática está sendo muito comum na Flona Araripe, aponta Pinheiro. “Semana passada, a gente pegou um com nove pássaros criados ilegalmente”, descreve. Em 2019, foram nove apreensões de animais silvestres na floresta. Já este ano, restando ainda três meses, já o número de casos é acima do dobro, mais especificamente, 21, segundo ICMBio.  

Outro problema é o grande número de casos de caça, principalmente durante a pandemia. “A gente acredita que a ida acontece mais no final da semana. Com a pandemia, as pessoas em casa, aumentou a ida à floresta”, observa Pinheiro.

Escrito por Antônio Rodrigues/Diário do Nordeste

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