Jovem caririense com escoliose grave trava luta contra o tempo para realizar cirurgia; pais fazem vaquinha para pagar operação
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Para a maioria dos adolescentes completar 18 anos é uma data especial e aguardada. Independência e vida adulta entusiasmam os jovens que contam os dias para a maioridade. Mas, para a jovem Ana Vitória, natural de Juazeiro do Norte, a realidade é diferente. Diagnosticada há quatro anos com escoliose idiopática, ela trava uma luta contra o tempo que se arrasta até os dias atuais, quando completou 18.
Desde os 10 anos de idade, Ana Vitória consultava especialistas para ter um diagnóstico, que veio apenas aos 14. A mãe, Claudiana Almeida, explica que a adolescente ainda usou colete ortopédico mas, pela idade e formação avançada dos ossos, não conseguiu resolver o problema, que agora só tem solução mediante cirurgia.
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“Um especialista dizia uma coisa, outro dizia outra”, afirma a mãe, que foi encaminhada por um dos médicos a fazer o tratamento de Ana Vitória na capital. “A gente ainda procurou um médico em Fortaleza, pagou uma consulta particular, mas não tinha de onde tirar dinheiro para cirurgia. O jeito foi correr para um lugar grade”. A partir daí, a família se mudou para São Paulo em busca da cirurgia. No momento, a jovem se encontra na fila do SUS, aguardando um parecer, o que pode levar até um ano.
Antes de pensarem em ir para São Paulo, o pai, Assis Silva, conta que tentou as mais variadas formas de tratar a filha no Ceará. “Tentamos de várias formas e não conseguimos, particular, coloquei na justiça, e não obtivemos êxito”, diz o pai, afirmando que após as tentativas sem sucesso, resolveram ir para fora. “Foi aí que os amigos deram a ideia de fazer essa vaquinha”, conta Assis. O intuito da arrecadação é garantir o quanto antes a cirurgia de Ana Vitória, visto que a espera e as dores já se arrastam há muito, e quanto mais consolidada está a formação óssea, mais difícil é a reversão do quadro.
A mãe conta que o orçamento da cirurgia há quatro anos girava em torno de R$ 55 mil, sem calcular os gastos com hospital e medicamentos. “Se com a vaquinha conseguirmos pelo menos um valor que dê para dar entrada na cirurgia iremos fazer. Caso não, teremos de aguardar pelo SUS, o que vai demorar. Enquanto isso ela já está adulta e os ossos mais firmes. Com o crescimento, a escoliose vai aumentando e sem a cirurgia os órgãos ficarão comprometidos, podendo até levá-la a óbito”, explica a mãe de Ana Vitória.
Para ajudar, clique aqui e acesse o link da vaquinha virtual.
Reportagem de Lícia Maia/Portal Badalo