News Breaking
Live
wb_sunny

Breaking News

Servidores de Caririaçu podem ficar sem aposentadoria por má gestão de prefeito e ex-prefeito, diz MP

Servidores de Caririaçu podem ficar sem aposentadoria por má gestão de prefeito e ex-prefeito, diz MP

Praça Padre Augusto no Centro do município de Caririaçu (Foto: Reprodução/Cariri Cangaço)

O Ministério Público do Ceará (MPCE) alerta para o risco de Caririaçu não ter dinheiro para pagar a previdência dos servidores. Isso porque o ex-prefeito João Marcos e o atual gestor Edmilson Leite, de acordo com o promotor Rafael Couto Vieira, iniciaram uma sequência de 17 parcelamentos de dívidas patronais, o que poderá inviabilizar a manutenção da PREVCAR em um futuro próximo.

O MP  ajuizou, ainda no dia 2 de novembro, uma Ação Civil Pública (ACP) “diante de desrespeito ao equilíbrio atuarial […] e regras específicas do Ministério da Previdência Social”.  A previdência se sustenta sobre contribuições dos segurados (descontadas dos salários) e contribuição do empregador (no caso o município de Caririaçu).

Com a adoção de regime próprio municipal, o município “teve uma grande economia com a previdência patronal, pois a alíquota desta contribuição foi reduzida de 21% para 13,2%”, diz o promotor.

O MP argumenta que mesmo diante desta grande economia, a prefeitura realizou 17 parcelamentos de débito –  dois pela gestão do ex-prefeito João Marcos Pereira (2013-2016) e 15 realizados pela gestão do atual prefeito José Edmilson Leite Barbosa, no valor de R$ 17.900.996,08. 

Fato que chama a atenção do Ministério Público é que déficit ateria sido maquiado. Um relatório prevê simultaneamente que há um superávit atuarial de R$ 23.529,368,58 e que será necessário contribuição suplementar patronal de 63,28% até o ano de 2047. “Obviamente se houvesse superávit não seria necessário contribuição suplementar para déficit”, diz ainda o promotor.

“Para se ter ideia, se a atual gestão já parcela os débitos previdenciários, o que dizer dos próximos gestores, que além de quitarem os parcelamentos, deverão pagar contribuição patronais bem maiores. O futuro dos segurados e pensionistas está em risco – pois simplesmente não haverá dinheiro para os pagamentos”, relata Couto.

O MP diz ainda que se não houver equilíbrio atuarial, o Regime Próprio da Previdência Social será inviabilizado. “Quem pagará a conta é a sociedade […] se vê como pertinente caso necessário até o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios”.

Reportagem de Felipe Azevedo/Agência Miséria

Tags

Inscrição no boletim informativo

Sed ut perspiciatis unde omnis iste natus error sit voluptatem accusantium doloremque.