Camilo Santana defende vacinação com a 'primeira vacina que estiver pronta'
Governador se encontrou com o ministro da Saúde e defendeu agilidade na campanha de imunização. Objetivo do governador é garantir vacinação no Ceará quando logo que o produto for liberado.
Após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na tarde desta segunda (14), em Brasília, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defendeu que a primeira vacina a receber aprovação no Brasil seja a utilizada para imunização contra a Covid-19 em território nacional.
"A primeira vacina entre todas, a primeira que estiver pronta, será a vacina iniciada, seja Pfizer, Astrazeneca, o importante é que a vacina inicie a vacinação no Brasil." O produto da Pfizer começou a ser utilizado nos Estados Unidos nesta segunda-feira.
A declaração do governador é dada em meio a um cenário de queda de braço e disputa política pelo início da imunização. O secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, também participou da reunião.
Segundo Camilo Santana, ainda nesta semana, o Ministério se comprometeu a apresentar um plano nacional de vacinação, que deverá ser seguido pelos governadores. "É importante que o Ministério tem colocado que a vacinação será simultânea", ressaltou o petista.
“O Brasil precisa iniciar [o plano de vacinação] com qualquer uma dessas vacinas, tendo o registro emergencial ou o definitivo”, destacou ao fim do encontro com Pazuello. Camilo disse também que o Estado iniciou a compra de refrigeradores para armazenamento e seringas para aplicação da vacina.
O Ceará deverá seguir o plano de imunização apresentado pelo Governo Federal - uma ação logística já conhecida dos governadores e prefeitos, utilizada para outras campanhas de vacinação no país. “A partir do lançamento nacional, serão feitos o lançamentos regionais”, explicou.
Reunião em São Paulo
Coronavac é desenvolvida em parceria entre Butantan e governo chinês — Foto: Instituto Butantan
Camilo tem ainda uma viagem programada para São Paulo na terça-feira (15). A visita ao governador João Dória (PSDB) ocorre em meio à tensão política do governo paulista e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Desde que foi anunciada a produção do imunizante, o presidente tem dado declarações contrárias ao que chamou de “vacina chinesa''. O encontro entre Dória e Camilo é para garantir doses da vacina chinesa, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan e o Governo do Estado de São Paulo.
O objetivo do diálogo com Dória é obter a vacina Covonac antes da vacina da Pfizer, caso o governo de São Paulo obtenha autorização para produzi-la antes.
Por Felipe Azevedo, G1 CE