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Ceará tem estoque de oxigênio para abastecer rede estadual caso pandemia se agrave, diz Secretaria

Ceará tem estoque de oxigênio para abastecer rede estadual caso pandemia se agrave, diz Secretaria

Legenda: A 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza solicitou informações sobre eventuais procedimentos de compra de oxigênio feitos pela SMS e pela Sesa - Foto: Shutterstock

Explosão de casos graves de Covid-19 em Manaus, que culminou na escassez do insumo hospitalar, acendeu um alerta no Estado

A rede estadual de saúde do Ceará tem, em estoque, oxigênio hospitalar e insumos para suprir a necessidade caso haja agravamento da pandemia de Covid-19 no Estado. A informação foi repassada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nesta terça-feira (19).

A explosão de casos graves de Covid-19 em Manaus (AM), que culminou na escassez de oxigênio hospitalar, acendeu um alerta para alguns órgãos no Ceará. Na última sexta-feira (15), a 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza oficiou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Sesa para que, no prazo de dez dias, se manifestem sobre o atual estoque de oxigênio para abastecimento e provisionamento das unidades de saúde.  

A Promotoria pediu, ainda, informações sobre eventuais procedimentos de compra iniciados e em trâmite, além de solicitar a cópia de todos os contratos vigentes com esse produto. Já o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) requisitou explicações sobre o controle do estoque, o fluxo de informações entre as unidades de saúde e a secretaria, a fiscalização do controle, a frequência de monitoramento, entre outros. 

O Diário do Nordeste entrou em contato com a SMS para obter mais informações sobre o estoque de oxigênio na rede municipal de Fortaleza, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve resposta.  

Fornecimento de oxigênio

Nesta segunda-feira (18), o MPCE e o Ministério Público Federal (MPF) solicitaram à empresa fornecedora do insumo a instituições públicas e privadas no Estado, a White Martins, informações sobre a atual demanda de oxigênio. 

Os órgãos requisitam dados separados por hospitais e unidades, além de informações sobre a capacidade de ampliação da oferta em caso de aumento de demanda. O prazo para que a White Martins responda é de cinco dias.

Também com o prazo de cinco dias, o MPCE e o MPF solicitaram explicações da White Martins em relação à demanda recebida pela empresa entre abril e agosto de 2020, o acréscimo desse período em relação à média registrada e as eventuais dificuldades para dar vazão à demanda recebida nesse período.  

As instituições ainda questionaram a multinacional sobre os dados relacionados ao direcionamento do oxigênio hospitalar ao atendimento domiciliar em relação ao total, bem como qual é a demanda atual de atendimento domiciliar coberta, direta ou indiretamente, pelo empreendimento. 

  • Procurada pelo Diário do Nordeste, a White Martins não respondeu até a publicação desta matéria.



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