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"É prematuro apontar as causas do incidente na Barragem de Atalho", diz coordenador do MDR

"É prematuro apontar as causas do incidente na Barragem de Atalho", diz coordenador do MDR

Legenda: Local do rompimento da tubulação na Barragem de Atalho, em Brejo Santo - Foto: Antonio Rodrigues

Tiago Portela, coordenador geral de Obras do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) afirma que as causas serão apuradas. Ele, no entanto, garante que não houve nenhum dano estrutural na Barragem.

As causas do acidente na Barragem de Atalho, em Brejo Santo, que ocasionou a morte de três operários no fim da tarde desta segunda-feira (8) ainda não foram identificadas. De acordo com o coordenador geral de Obras do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Portela, "ainda é muito prematura apontar o que teria ocasionado o incidente" na válvula da tubulação do reservatório.

A barragem recebe águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (Pisf) e estava em operação de testes. Ainda segundo Tiago, no momento do acidente, dois operários estavam fazendo ajustes na tubulação e um realizava o monitoramento. Os três foram atingidos pela força da água e morreram. 

Eles foram identificados como Mizael Brasil dos Santos e Heyder Pereira da Silva, ambos técnicos de montagem; e Nivaldo Bueno de Camargo, engenheiro mecânico. O quarto atingido foi Valdir Fernando dos Santos, de 57 anos.

Ele foi socorrido ao hospital do Município com luxação no ombro e escoriações na perna e na cabeça e recebeu alta ainda na noite de ontem (8), por volta das 22h. Ainda conforme Tiago, um quinto trabalhador estava no local do acidente, mas ele não sofreu nenhum ferimento.

Acidente

O rompimento de parte da estrutura da Barragem de Atalho, em Brejo Santo, ocorreu durante testes na tubulação. Contudo, o coordenador geral esclareceu que o procedimento cumpriu padrões técnicos. 

“O teste estava sendo feito na tubulação, sequer havia fluxo. A tubulação estava cheia porque o teste deve ser feito dessa forma. Houve um deslocamento da tubulação e com a carga d'água que já existia houve o falecimento de três vidas”, explicou o representante da Pasta. 

Conforme Tiago, a finalidade dos testes era “botar em operação a estrutura, enviar água e continuar o enchimento das estruturas de posição do Rio São Francisco no Eixo Norte”.

A empresa responsável pela obra na Barragem só será acionada após a identificação do que teria causado o rompimento, acrescentou Portela. "No momento só podemos relatar o que aconteceu. Não vamos responsabilizar ninguém até sabermos o que de fato aconteceu", observou o membro do Ministério que está no local do acidente, na região do Cariri. 

Ele ressaltou ainda ser cedo para afirmar se a transposição das águas, até o Açude Castanhão, terá seu cronogorama afetado.  O secretário de Segurança Hídrica, Sérgio Costa, deve chegar a Brejo Santo nesta tarde, conforme Tiago, que arrematou: "Não há riscos".

Escrito por André Costa/Antonio/Diário do Nordeste


 

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