Auxílio emergencial: Governo quer priorizar mulheres se benefício for pedido por mais de uma pessoa da família
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Critério de desempate será definido em decreto que regulamentará a nova fase do programa
O governo vai priorizar as mulheres na nova rodada de pagamento auxílio emergencial, caso o benefício seja pedido por mais de uma pessoa da família. O repasse será destinado apenas a um membro do domicílio.
Segundo um técnico do governo, o decreto que vai regulamentar a medida provisória (MP), que renovou o benefício em quatro parcelas no valor de R$ 250,00, vai estabelecer critérios de desempate quando mais de uma pessoa do grupo familiar for considerada elegível.
Entre um homem e uma mulher, a prioridade será da mulher, principalmente com crianças. Entre duas mulheres, a preferência será da mais velha. Se elas tiverem a mesma idade, a escolha do beneficiário será por ordem alfabética.
Mulheres chefes de família vão receber uma parcela maior, de R$ 375. Já as pessoas que moram sozinhas vão ganhar R$ 150,00.
O calendário de pagamento deverá ser anunciado pela Caixa Econômica Federal na próxima segunda-feira.
- Caixa receberá R$ 346,5 milhões
Até o fim desta semana, o Ministério da Cidadania pretende publicar o decreto e assinar contratos com a Caixa Econômica Federal, que vai receber R$ 346,5 milhões para fazer os pagamentos e a Dataprev, R$ 38 milhões para realizar o cruzamento de dados.
O pagamento está previsto para começar no início de abril e será feito em dois blocos. Primeiro para trabalhadores inscritos no Cadastro Único e informais que fizeram o cadastro no aplicativo da Caixa.
Essas pessoas terão primeiro o crédito em conta poupança e poderão pagar contas por meio de aplicativo. Em seguida, será a vez dos beneficiários do Bolsa Família, com saque imediato a partir de 16 de abril.
Nessa nova etapa, não haverá prazo para a solicitação do auxílio e o governo vai trabalhar com o banco de dados das pessoas consideradas elegíveis em dezembro. A estimativa é beneficiar 45,6 milhões de pessoas, a um custo de R$ 43 bilhões.
Geralda Doca/O Globo