Governo quer criar 'seguro-emprego' de R$ 500 para evitar demissões, diz Guedes
(Albino Oliveira – Ascom/Ministério da Economia) |
"Vamos evitar a demissão. Em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo", disse o ministro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal trabalha em novas medidas para a manutenção do emprego no país, que vão além da renovação do programa para suspensão de contrato ou redução de jornada (BEM). As novidades, segundo ele, serão anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro "um pouco mais para frente".
Entre as ações, o ministro citou um 'seguro-emprego' de R$ 500, com o objetivo de evitar demissões.
"Temos o seguro desemprego: a pessoa é mandada embora e o governo da R$ 1000. Porque não dar R$ 500 como seguro-emprego?!", disse em participação no primeiro encontro da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa, nesta quinta-feira (11).
"Em vez de esperar alguém ser demitido vamos evitar a demissão pagando R$ 500. Ou seja, em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo", completou.
Arrecadação recorde
Guedes também adiantou que o resultado da arrecadação de fevereiro, que deve ser divulgado na próxima semana, será recorde histórico para o mês. A aposta da equipe econômica é que o aumento da arrecadação no início do ano ajude a amenizar os gastos que o governo deve ter para continuar combatendo os impactos da pandemia, bem como dê fôlego para a atividade econômica crescer este ano. Apenas a nova rodada do auxílio emergencial custará R$ 44 bilhões aos cofres públicos.
"Ano passado, a arrecadação estava 25% acima do previsto em fevereiro, o que indicava crescimento potencial acima de 2%, 2,5%. Este ano temos uma taxa praticamente garantida de 3%, 3,5%", destacou o ministro, que acredita que o valor pode ser ainda maior a depender da capacidade do Executivo e Legislativo, juntos, formularem soluções fiscais este ano.
Palavra de ordem
Segundo ele, agora, a palavra de ordem é "vacinação em massa". "Sem a saúde, não tem o trabalhador, não tem a pequena e média empresa, não tem a economia", observou.
O ministro também destacou que, embora ainda não assinado, o presidente Bolsonaro acertou a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer para este ano, além das 400 milhões já contratadas.
"É que, corretamente, o presidente não quer se comprometer publicamente antes de tudo assinado. Mas a verdade é que o presidente da Pfizer já anunciou que vai nos fornecer mais 100 milhões de vacinas", afirmou.
Fonte: Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília