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Da comunicação pela cauda ao 'adestramento' dos tutores: veterinária explica seis curiosidades sobre os gatos

Da comunicação pela cauda ao 'adestramento' dos tutores: veterinária explica seis curiosidades sobre os gatos

Veterinária explica seis curiosidades sobre os gatos — Foto: Marcella Botelho/Arquivo pessoal

G1 conversou com a veterinária especializada em medicina felina Mayara Maeda para saber mais sobre os animais.

Os animais se comunicam de diferentes formas. Com os gatos, não é diferente. Além de possuírem seu próprio jeito de passar uma mensagem para seus tutores, eles também apresentam diversas outras curiosidades sobre seu comportamento em geral.

O g1 conversou com a veterinária especializada em medicina felina Mayara Maeda para saber mais sobre seis curiosidades destes bichinhos. Confira:

1. Eles podem se comunicar pela cauda

Os gatos expressam uma variedade de posturas corporais e faciais, segundo Mayara. "Os movimentos da cauda podem nos ajudar a identificar como este felino está se sentindo em determinado momento. Essas expressões existem para que os gatos se comuniquem entre eles, pois a espécie se comunica pelas expressões faciais, corporais e vocalizações, e não por miados", explica.

Ainda de acordo com a veterinária, a cauda dos gatos é muito expressiva e carregada de diversos significados.

"Quando ela está elevada ou dobrada, sinaliza calmaria e 'amistosidade'. Se for mantida reta para baixo ou perpendicular ao chão, indica uma postura mais agressiva. Quando o gato bate a cauda de forma intensa de um lado para o outro, ele se encontra muito agitado, incomodado ou, até mesmo, prestes a entrar em um conflito. Se este sinal for ignorado, o comportamento seguinte poderá ser agressivo", diz.

Segundo a veterinária, os gatos podem se comunicar pela cauda — Foto: Matheus Arruda/Arquivo pessoal

Mayara ainda explica que este "chicotear da cauda" é muito comum no dia a dia dos gatos, e que é preciso atenção dos tutores a estes sinais para não receber um arranhão.

"Muitas vezes estamos com nosso gatinho, fazendo um carinho e tudo está aparentemente confortável para todos. Se, em um determinado momento, o gatinho iniciar com movimentos bruscos de vai e vem com a cauda, ele está dizendo 'esse carinho está muito bom, mas já é suficiente, chega por hoje'", continua.

2. "Afofar" as coisas traz sensação de tranquilidade

É comum ver os gatos "afofando" um lugar antes de se deitarem ou fazerem algo do tipo em cima de seus donos. De acordo com a veterinária, esta ação também é conhecida como "amassar pãozinho" e se inicia logo quando recém-nascidos, durante a amamentação.

"Esse comportamento traz a sensação de tranquilidade e relaxamento. Muitos hormônios são liberados neste contato próximo com sua mãe e seus irmãos, que trazem a sensação de bem-estar e prazer", explica.

Depois de adultos, esse comportamento pode aparecer quando os bichinhos estão próximos a pessoas queridas e quando estão se preparando para tirar um cochilo em seu cobertor preferido. "É como se estivessem entrando em um 'modo relaxamento'. Esse é um jeito que eles têm de demonstrar que gostam de você", diz.

Maeda também explica que alguns gatos fazem isso com mais frequência, outros com menos e outros demonstram seu carinho de outras formas.

Quando um gato tinha o costume de realizar a ação e parou em algum momento, é preciso se atentar. "Pode ser que esteja com algum desconforto ou mal-estar", diz. Em casos como este, é preciso procurar um veterinário especializado em medicina felina para investigar as possíveis causas.

3. O bigode serve como medidor

Bigodes servem como um medidor de onde ele pode ou não entrar, principalmente locais estreitos — Foto: Matheus Arruda/Arquivo pessoal

Os bigodes são as vibrissas dos felinos. Segundo a profissional, elas estão localizadas não apenas no focinho, mas também nas bochechas, queixo, sobrancelhas e atrás das patas.

Mayara explica que as vibrissas possuem algumas funcionalidades. Como os gatos não enxergam bem de perto, elas auxiliam a detectar aquilo que não está muito próximo, como um medidor. Além disso, possuem outras funções.

"Elas também auxiliam na proteção dos olhos, assim como nossos cílios, e auxiliam o felino a medir os locais onde pretendem entrar. Seus bigodes servem como um medidor de onde ele pode ou não entrar, principalmente locais estreitos. Além de todas essas funções, as vibrissas também são importantíssimas para auxiliar no equilíbrio dos felinos", explica.

4. Eles 'adestram' seus tutores

A convivência com os tutores também pode fazer com que o gato adquira "manias" que outros gatos não possuem. Mayara explica que os gatos são animais extremamente inteligentes e que aprendem de forma rápida determinados comportamentos para, principalmente, conseguirem o que desejam.

"Costumo dizer que eles adestram seus tutores e não o contrário. De acordo com a convivência com os integrantes do lar, os felinos podem adquirir comportamentos que mimetizam comportamentos de outras espécies também. Isso dependerá de quando esse gatinho chegou ao ambiente e quais foram seus exemplos na fase de socialização."

Gatos aprendem determinados comportamentos para, principalmente, conseguirem o que desejam — Foto: Marcella Botelho/Arquivo pessoal

O miado do gato é um exemplo de comunicação que os bichinhos encontram para conversar com os humanos. "Os felinos não se comunicam por miados com outros felinos. Eles fazem essa comunicação a partir de miados somente com os humanos", explica Mayara.

5. É preciso mais tempo para se sentirem seguros com pessoas diferentes

Gatos gostam e precisam do contato com humanos quando fazem parte de uma família — Foto: Marcella Botelho/Arquivo pessoal

Muitas pessoas comparam o comportamento dos cães e dos gatos. Os cães são animais que querem estar junto com o tutor o tempo todo e são mais intensos nos momentos de demonstração de afeto. Com isso, podem acreditar que os felinos são independentes.

No entanto, segundo a veterinária, os felinos gostam e precisam do contato com os humanos quando fazem parte de uma família.

"Porém, os seus sinais de afeto não são para qualquer um. É preciso saber reconhecer o jeito de amar dos felinos. Diferente dos cães, o gato muitas vezes precisa de mais tempo para se sentir seguro próximo a uma pessoa que não lhe é conhecida", diz.

A veterinária também diz que é um engano dizer que gatos são independentes e não precisam de muita atenção, uma vez que os animais possuem diversas necessidades que muitas vezes não são oferecidas e que contribuem para que o ambiente não seja adequado e, consequentemente, o felino não seja feliz.

"Eles precisam ter estímulos de caça, que pode ser oferecido com brincadeiras e enriquecimento alimentar. Eles também precisam de um ambiente setorizado. Isso significa que o banheiro fica separado da área da alimentação, que, por sua vez, fica separado da área da hidratação e áreas de descanso."

6. Fazer as necessidades na areia é uma forma de se proteger

A profissional explica que os gatos são animais predadores e também são presas. Por isso, estão sempre em alerta para qualquer ameaça. Fazer suas necessidades na areia faz parte dessa proteção.

"Eles escondem seus dejetos para que não seja percebido no ambiente por outros animais, evitando que possam ser encontrados. Apesar de estarem seguros no nosso lar, esse comportamento de proteção ainda persiste na espécie", finaliza.

Miado é um exemplo de comunicação que os bichinhos encontram para conversar com os humanos — Foto: Matheus Arruda/Arquivo pessoal

Por Gabriela Almeida*, g1 Sorocaba e Jundiaí


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