Meta histórica: todas as internas da Cadeia Pública do Crato estão em projetos de trabalho e estudo
Ascom SAP - Texto e fotos |
A Cadeia Pública do Crato atinge meta histórica de 100% das internas envolvidas em programas de ressocialização como estudo, trabalho e capacitação profissional dentro da unidade prisional. As 96 internas da unidade estão envolvidas em diversas atividades educacionais e laborais. A conquista só é possível devido o esforço e trabalho diário dos policiais penais em garantir a segurança e funcionalidade dos projetos. A atual gestão da Secretaria da Administração Penitenciária tem, como meta, executar projetos que proporcionem reintegração social e promovam mudança de perspectiva para as internas.
Muitas ações são realizadas na unidade com o objetivo de desenvolver a cidadania das internas e uma delas é o investimento educacional que contempla, regularmente, 89 internas. São 5 turmas matriculadas no curso de alfabetização, ensino fundamental II e ensino médio, além de ter acesso a outros espaços de aprendizado e participação no projeto livro aberto que prevê remição da pena por meio da leitura.
O núcleo de atividades laborais da unidade desenvolve, periodicamente, diversos serviços que vão desde a manutenção do próprio estabelecimento penitenciário, limpeza das áreas comuns, capinação, artesanato, crochê e conservação da horta.
Para o secretário da administração penitenciária, Mauro Albuquerque, a meta atingida seria algo impossível no passado. “O conceito de segurança, que antes existia dentro das unidades prisionais, foi modificado através de esforço e trabalho. Oferecemos hoje educação, emprego e capacitação aos internos. Com muito trabalho conseguimos mudar essa realidade e isso influencia diretamente na reeducação do interno eno combate à reincidência criminal”, conclui.
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Segundo a diretora da Cadeia Pública do Crato, Ecirleide Maia, a ressocialização é o segredo para manter uma unidade disciplinada e organizada. “Efetivamente todas as internas estão participando de alguma atividade de reintegração social dentro da cadeia. Este resultado é fruto também da equipe de policias penais que fazem diariamente as atividades acontecerem e funcionarem em harmonia”, atesta.
A interna, Adeise Correia, ressalta que só conseguiu ter a oportunidade de estudar depois que entrou no sistema prisional. “Graças a unidade, hoje eu sei ler e escrever. Fico muito feliz, pois quando eu tiver a minha liberdade poderei conseguir meu emprego e continuar a estudar. No futuro almejo fazer faculdade, pois nunca é tarde para alcançar nossos sonhos. Ainda darei muito orgulho a minha família e aos meus filhos”, afirma.
Para a interna Adriana Teixeira de Oliveira, que se capacita no artesanato promovido pela SAP, é gratificante saber que o cropped é um símbolo de reação feminina fora dos muros. “Eu criei essa peça como forma de ilustrar meu esforço e para ter a compreensão que um dia vou refazer minha lá fora de outro jeito. De certa forma, eu posso assegurar que fiz esse cropped e que vou sim reagir e escrever belos novos capítulos na minha vida”, afirma.
Fim da Era de Superlotação
As cenas de superlotação do passado não existem mais nas unidades prisionais femininas do Estado. A Cadeia Pública do Crato é um dos belos exemplos dessa nova realidade. Essa transformação é possível graças as reformas de ampliação executadas pela SAP nas unidades, o firme trabalho do departamento jurídico em parceria com a Defensoria Pública para promover revisões processuais e o investimento maciço em armamento, viaturas e treinamento para garantir a execução de todas as escoltas judiciais. Além disso, os inúmeros projetos de ressocialização trazem a remição de prática para internos e internas. Na cadeia Pública do Crato, por exemplo, são 96 internas para 140 vagas disponíveis. Um resultado de dezenas de vagas ociosas na unidade.