Preço médio do litro da gasolina fica abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde fevereiro de 2021
Abastecimento em posto de gasolina — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
País registrou, nesta semana, a 12ª queda consecutiva nos preços. Valor médio do litro da gasolina foi de R$ 5,04 para R$ 4,97, um recuo de 1,39%, segundo dados da ANP.
O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país caiu novamente nesta semana e ficou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde fevereiro de 2021, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (16).
Essa foi a 12ª queda consecutiva no preço do combustível. De acordo com levantamento da ANP, o preço médio do litro caiu de R$ 5,04 para R$ 4,97, uma diminuição de 1,39%, mantendo o menor patamar desde a semana encerrada em 20 de fevereiro do ano passado (R$ 4,917). O valor máximo encontrado nos postos foi de R$ 6,99.
O valor médio do litro do diesel também caiu: passou de R$ 6,88 para R$ 6,84, uma redução de 0,58%. É o preço mais baixo desde a semana encerrada em 7 de maio de 2022 (R$ 6,63). O valor mais alto encontrado pela agência esta semana foi de R$ 8,81.
Por fim, o preço médio do etanol caiu de R$ 3,53 para R$ 3,43, uma queda de 2,83% – o menor preço desde fevereiro do ano passado, quando a média era de R$ 3,378. O levantamento chegou a encontrar, esta semana, oferta do litro de etanol pelo valor máximo de R$ 6,99.
Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
Queda de preços
A redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. No início do mês, por exemplo, a Petrobras reduziu o preço da gasolina vendida para as distribuidoras. A redução foi de 7,08%.
A queda de preços nos postos também é influenciada pela cotação do petróleo no mercado internacional. No terceiro trimestre, até agora, tanto o tipo Brent (referência global da commodity) quanto o WTI (americano) caíram cerca de 20%, a maior queda trimestral desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.
Por André Catto, g1