Consignado do Auxílio Brasil: teve o empréstimo negado? Veja o que fazer
Auxílio Brasil — Foto: Júlio Dutra/Ministério da Cidadania |
Quem teve o pedido negado precisa checar se está dentro das regras definidas pelo Ministério da Cidadania. Alguns pedidos foram cancelados devido a algumas inconsistências registradas nos primeiros dias, quando foi registrada uma alta demanda na Caixa.
Beneficiários do Auxílio Brasil que têm buscado a Caixa Econômica Federal para contratar o empréstimo consignado afirmam que têm esbarrado em alguns problemas, como negativas e cancelamentos.
De acordo com o banco, a alta demanda nos primeiros dias de contratação do consignado ocasionou lentidão no processamento e inconsistências em alguns casos. Por essa razão, talvez seja necessário que quem estiver dentro das regras definidas pelo Ministério da Cidadania e teve o pedido negado precise refazer a solicitação.
Já alguns outros beneficiários que estão fora das regras estipuladas pelo governo federal podem pedir o consignado do Auxilio Brasil apenas após regularizarem algumas pendências, como:
- Estar com o CPF com problemas na Receita Federal. É possível consultar a situação do seu CPF aqui;
- Seu benefício Auxílio Brasil já estar com previsão de acabar;
- Possuir alerta por não comparecimento à convocação do Ministério da Cidadania. Veja quem precisa atualizar os dados do Cadastro Único;
- Estar recebendo o benefício há menos de 90 dias (é necessário já ter recebido 3 parcelas do benefício);
- Não receber o benefício através de crédito em conta.
Como funciona o consignado
De acordo com as normas estabelecidas pelo governo federal, o valor máximo do consignado está limitado a 40% do valor mensal do Auxílio Brasil. Para o cálculo, serão considerados os R$ 400, já que o valor atual de R$ 600 só vale até dezembro. Assim, o valor da parcela será, no máximo, R$ 160.
O Ministério da Cidadania estabeleceu um limite de juros de 3,5% ao mês, mas cada instituição financeira pode adotar uma taxa diferente, respeitando esse teto. No caso da Caixa, o banco estabeleceu uma taxa de 3,45% ao mês.
Se o benefício for cancelado, o empréstimo não será cancelado. Ou seja, mesmo se deixar de receber o Auxílio Brasil, o beneficiário precisa se organizar para pagar todos os meses o empréstimo até o final do prazo do contrato, depositando na sua conta o valor da parcela.
No empréstimo consignado, o desconto é feito direto na fonte. Ou seja, durante o prazo contratado, a parcela é descontada diretamente do valor mensal do benefício.
No ato da contratação, as instituições financeiras devem informar ao beneficiário as seguintes condições:
- Valor total contratado com e sem juros;
- Taxa efetiva mensal e anual de juros;
- Valor, quantidade e periodicidade das prestações;
- Soma do total a pagar ao final do empréstimo;
- Data do início e fim do desconto;
- Valor líquido do benefício restante após a contratação
Críticas
A oferta de crédito consignado por meio do Auxílio Brasil tem sido criticada por especialistas e entidades. Eles alegam que a medida pode ser danosa à população, porque os recursos do programa de transferência de renda costumam ser utilizados para gastos básicos de sobrevivência.
Para o Idec, a taxa máxima de juros estabelecida pelo governo, de 3,5% ao mês, é abusiva.
“Isso porque ela é bem maior do que a praticada atualmente para outros tipos de empréstimo consignado, como os para aposentados, pensionistas e servidores públicos”, disse a entidade.
Na avaliação da Caixa Econômica, porém, o crédito pode ser uma oportunidade para os beneficiários do Auxílio Brasil quitarem empréstimos com juros mais altos, como o cartão de crédito.
"Clientes que possuem empréstimos com taxas de juros elevadas podem verificar se o consignado tem taxas mais acessíveis e utilizar o valor para liquidação de dívidas mais caras", argumenta o banco.
Por g1