5 empresas que entraram em falência ou recuperação judicial em 2022
Avião da Ita, empresa aérea do Grupo Itapemirim. (Ilton Barbosa/Divulgação) |
5 empresas que entraram em falência ou recuperação judicial em 2022
A recuperação judicial é um mecanismo que permite que uma empresa em crise renegocie dívidas e suspenda pagamentos. Veja companhias que recorreram a isso ou quebraram em 2022 no Brasil e no mundo.
ITAPEMIRIM
- Em setembro de 2022, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência do Grupo Itapemirim, que atuava no transporte rodoviário e aéreo.
- O grupo estava em recuperação judicial desde 2016 e tinha dívidas estimadas em mais de R$ 2 bilhões.
- Credores tentam reverter a falência na Justiça.
- O grupo já foi considerado um dos maiores do país no ramo de viagens intermunicipais de ônibus.
- Em 2021, passou a oferecer transporte aéreo com a ITA (Itapemirim Transportes Aéreos), mas a operação durou apenas seis meses, deixando milhares de passageiros sem viajar.
ROSSI
- A construtora Rossi entrou em recuperação judicial em setembro de 2022, após anos de fragilidade financeira.
- A empresa tinha uma dívida líquida de R$ 611,4 milhões e R$ 10,6 milhões em caixa no terceiro trimestre de 2022.
- A Rossi está no mercado desde 1980 e nasceu com foco na incorporação de imóveis residenciais de médio e alto padrão na região metropolitana de São Paulo.
- A empresa tem ações negociadas em Bolsa desde 1997. Desde meados de 2021, o papel caiu mais de 80% e hoje é negociado a cerca de R$ 2,5.
RICARDO ELETRO
- A Máquina de Vendas, dona da varejista Ricardo Eletro, teve falência decretada duas vezes em 2022. E nas duas ocasiões conseguiu reverter a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
- O caso agora será avaliado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
- A Ricardo Eletro está em recuperação judicial desde 2020, e hoje atua somente com vendas na internet. A varejista não tem mais lojas físicas.
- A empresa tinha dívida estimada em R$ 4 bilhões em julho de 2022, quando foi decretada a falência pela segunda vez.
REVLON
- A fabricante americana de cosméticos Revlon entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos em junho de 2022. Isso é equivalente a um pedido de recuperação judicial no Brasil.
- No pedido, a empresa disse que as interrupções na cadeia de suprimentos impactaram sua produção, assim como dificuldades na negociação com fornecedores e a escassez de mão de obra.
- Em 2021, a empresa teve prejuízo de cerca de US$ 200 milhões.
- A Revlon foi fundada em 1932 e chegou a ser uma das maiores marcas de beleza do mundo, mas perdeu espaço nos últimos anos.
FTX
- A plataforma de criptomoedas FTX anunciou em novembro que recorreu à proteção da lei de falências nos Estados Unidos, a fim de avaliar seus ativos..
- O caso gerou uma crise no mercado de criptoativos. A companhia chegou a ser avaliada em US$ 32 bilhões em valor de mercado e tinha mais de 1 milhão de usuários registrados.
- Clientes relatam que não conseguiram resgatar seu dinheiro na plataforma, que funcionava como uma corretora por meio da qual os investidores compravam ativos virtuais.
- O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, renunciou ao cargo de CEO da empresa e está preso nas Bahamas.
Conteúdo Do UOL, em São Paulo