Conta de luz segue sem cobrança adicional em janeiro, anuncia Aneel
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Sistema de bandeiras tarifárias sinaliza custo da geração de energia. Desde 16 de abril, está em vigor a bandeira verde, que não gera taxa extra para consumidores.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que a conta de luz seguirá sem cobrança extra em janeiro de 2023.
A agência manteve acionada a bandeira tarifária verde, que não acrescenta custos às tarifas dos consumidores de energia com base no seu consumo mensal. A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril deste ano.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. No final de todo mês, a agência decide a cor da bandeira para o mês seguinte.
Quando o custo da produção de energia aumenta, por exemplo, por conta do acionamento de usinas térmicas (mais poluentes e mais caras), a Aneel pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 — que representam custo extra ao consumidor.
Em nota, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que a agência tem trabalhado "para garantir tarifas de energia cada vez mais justas, o que inclui melhorias contínuas na metodologia das bandeiras e reduções estruturais nos custos".
Ele citou, por exemplo, a redução de 34,5% no custo da energia gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu em 2023 em relação a este ano.
Novos valores das bandeiras tarifárias, em vigor entre 1º de julho e meados de 2023 — Foto: Editoria de Arte / g1 |
Situação dos reservatórios
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia no país, estava em 51,9% até quinta-feira (29), situação considerada confortável pelo operador.
Para efeitos de comparação, os reservatórios da região encerraram dezembro de 2021 com cerca de 25% de volume. No ano passado, o país enfrentou uma crise energética.
Ainda segundo dados do ONS, a perspectiva é que os reservatórios dos quatro subsistemas do país encerrem mesmo o ano de 2022 como níveis superiores a 50%.
Reportagem de Jéssica Sant'Ana, g1 — Brasília