Tesouro Direto lança novo título para aposentadoria; entenda como funciona
Legenda: O serviço ficará disponível já a partir do próximo 30 de janeiro - |
Batizado de “Tesouro RendA+”, o investimento é uma espécie de previdência privada mais acessível
O governo lançou, nessa terça-feira (27), um novo título do Tesouro Direto para complementação da aposentadoria individual. Na prática, o investidor poderá fazer aportes mensais para garantir uma renda extra por, pelo menos, 20 anos.
O serviço ficará disponível a partir de 30 de janeiro. Portanto, já vale avaliar se essa é a melhor opção de investimento para o futuro. Abaixo, veja um tira-dúvidas sobre o assunto.
QUAL O NOVO PRODUTO DO TESOURO DIRETO VOLTA PARA APOSENTADORIA?
Batizado de “Tesouro RendA+” (NTN-B1), o investimento foi pensando para complementar a aposentadoria dos trabalhadores. É uma espécie de previdência privada mais acessível.
Ou seja, não substitui a Previdência Social, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - que é vitalícia, mas garante uma renda extra e temporária por 20 anos.
Haverá, ainda, a possibilidade de investir ao longo de até 40 anos, segundo o Tesouro Nacional.
COMO FUNCIONA O “TESOURO RENDA+”?
No dia 30 de janeiro, o novo título já estará disponível, com valor mínimo de aproximadamente e R$ 30, podendo o investidor agendar aportes mensais ou fazer uma única compra.
- Os pagamentos poderão feitos via Pix.
Esses valores serão acumulados ao longo dos anos e devolvidos em 240 prestações (20 anos), a partir de 2030.
Inicialmente, serão ofertados oito títulos. Veja as datas de vencimentos deles:
Legenda: O primeiro vencimento em 15 de janeiro de 2030 - Foto: Reprodução Ministério da Economia |
QUEM PODERÁ INVESTIR NO “TESOURO RENDA+”?
Conforme o subsecretário de Regime de Previdência Complementar, Narlon Gutierre Nogueira, qualquer cidadão, independente da renda, poderá adquirir o título.
"Qualquer pessoa física vai poder comprar o Tesouro RendA+, pela plataforma PagTesouro. Basta ele responder a duas perguntas: “Quando eu quero me aposentar?” e “Quanto eu quero receber?”", explicou.
QUANTO O INVESTIDOR VAI RECEBER NO FUTURO?
O valor a ser devolvido dependerá dos investimentos feitos ao longo dos anos.
Contudo, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, o produto será corrigido pela inflação (IPCA) mais uma taxa de juros real, garantindo, portanto, a manutenção do poder de compra das aplicações acumuladas.
ISENÇÕES DE TAXAS
A taxa de custódia, uma cobrança feita pela Bolsa de Valores (B3) para guardar os títulos e garantir a segurança das informações, não é cobrada no “Tesouro RendA+”. A isenção será válida para quem carregar o título até a data de vencimento, com o limite de até seis salários mínimos de renda mensal.
No entanto, segundo o Ministério da Economia, o investidor que realizar o resgate antecipado dos títulos no período inferior a 10 anos, pagará taxa sobre o valor da retirada, de 0,50% ao ano.
Entre 10 e 20 anos, a tarifa cobrada será de 0,20% ao ano. Acima de 20 anos, 0,10% a.a.. Além disso, não há cobranças de taxas semestrais, ou seja, o investidor só paga a Taxa de Custódia da B3 no momento do resgate que ocorrer antes do vencimento do título. Veja:
Foto: Reprodução / Ministério da Economia |
O QUE É O TESOURO DIRETO?
O Tesouro Direto pode ser a porta de entrada para os mais inexperientes ingressarem no mundo dos investimentos, seja pessoa física (PF) ou jurídica (PJ). Por meio da compra de títulos públicos (emissão de dívida feita pelo governo) de forma online a partir de R$ 30, já é possível começar.
O risco é baixo em razão da impossibilidade de quebra do emissor. Ocorre que, na prática, é feito um empréstimo ao governo, que pagará em determinado prazo acrescido de rendimentos.
Já o “Tesouro RendA+” é um novo produto de investimentos voltado para quem planeja poupar para aposentadoria.
*Conteúdo da Agência Diário do Nordeste