Home office supera trabalho híbrido entre usuários do LinkedIn, diz pesquisa
Fase inicial da pandemia esvaziou empresas; na foto, escritório em SP - Eduardo Anizelli - 3.jun.20/Folhapress |
Modalidade totalmente presencial ainda tem maior parcela de profissionais.
A jornada de trabalho 100% remota (home office) supera a modalidade híbrida (parte presencial, parte remota) entre profissionais que utilizam o LinkedIn.
A conclusão é de uma pesquisa da agência Gombo, que desenvolve projetos focados para essa plataforma.
O levantamento entrevistou 2.977 usuários do LinkedIn, incluindo profissionais das cinco grandes regiões do país e brasileiros que vivem no exterior.
A parcela que relatou trabalhar de maneira 100% remota chegou a 26,5% (788). Enquanto isso, a fatia com jornada híbrida foi de 24,5% (730).
Esta é a primeira edição da pesquisa, o que inviabiliza a comparação com períodos anteriores, segundo Erih Carneiro, cofundador da Gombo.
Mesmo assim, diz Carneiro, os números sinalizam que essas modalidades "vieram para ficar" após o impulso na pandemia de Covid-19, que causou restrições à mobilidade.
"A pandemia definitivamente mudou o cenário, a forma como as pessoas veem a relação com o trabalho remoto e como as empresas veem isso."
Na visão de Carneiro, as companhias ainda estão se adaptando ao modelo híbrido, enquanto o home office já está mais difundido, o que ajuda a entender a parcela um pouco mais elevada de profissionais totalmente remotos.
"Na pandemia, teve um momento em que quase todo mundo foi para casa. Depois, deu uma acalmada, as pessoas foram para o trabalho uma ou duas vezes por semana. As empresas ainda estão entendendo como isso vai acontecer [modalidade híbrida]."
Foto: Captura |
Foto: Captura |
Mesmo com o estímulo a esses tipos de jornada na crise sanitária, os trabalhadores que atuam de maneira totalmente presencial ainda formam a maioria dos entrevistados pelo estudo. A parcela que exerce as suas funções somente na sede das empresas foi de 32,5% (967).
Segundo a pesquisa, outros 16,4% (488) responderam que não estavam trabalhando.
A idade média dos entrevistados pelo estudo foi de 37 anos. Os dados também apontam para níveis mais avançados de escolaridade na comparação com os trabalhadores em geral.
Conforme o estudo, 43,4% dos usuários ouvidos possuem especialização ou MBA, e 42,1% têm ensino superior.
Reportagem de Leonardo Vieceli/Folha de São Paulo